domingo, 28 de abril de 2013

A VIDA SERÁ MAIS COLORIDA PARA OS QUE POSSUEM DALTONISMO?


       Este escriba, em palestras e conversas informais, já foi alvo de dezenas de questionamentos e desabafos de pessoas com dificuldades para a obtenção da CNH pelo fato de serem portadores de 
daltonismo.
            Daltonismo ou discromatopsia é uma perturbação da percepção visual, uma incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores.
            Várias pessoas desejosas da obtenção da CNH, encontravam barreiras devido ao uso do teste de Ishihaha, momento em que muitos casos tomavam conhecimento apenas naquele momento, de serem portadores de daltonismo.
            A legislação trouxe severas dificuldades aos portadores. O legislador alegava riscos para a segurança no trânsito, pois segundo ele, pessoas com daltonismo, não teriam condições para a distinção das luzes semafóricas (“sinaleira” para os gaúchos) e das cores das placas de sinalização.
              

            No âmbito das políticas de acessibilidade, prevista na lei federal n. 10.098/2000, o Estado tem a obrigação de trazer todos os deficientes físicos para o convívio da sociedade, inclusive os portadores de discromatopsia que representam, na população mundial, 8% dos homens e 0,4% das mulheres, então o Conselho Estadual de Trânsito do RS (CETRAN/RS), presidido pelo Sr. Jaime Lobo da Silva Pereira, pioneiro em diversas inovações no trânsito e preocupado com o assunto, começou a discutir há algum tempo o assunto e aprovou a Resolução nº 77/2013, a qual exclui a obrigatoriedade do Livro ou Tabela de Ishihaha. A resolução susa, no seu art. 2º, prevê que os candidatos à direção de veículos automotores deverão ser submetidos ao exame de identificação das luzes semafóricas em posição padronizada das cores verde, vermelha e amarela. A segurança no trânsito não será prejudicada, ao contrário.
 O conselho alega que se o examinado tiver a capacidade de reconhecer as luzes semafóricas em posição padronizada, a sua discromatopsia não impedirá o candidato de identificar estímulos luminosos de qualquer natureza, tamanho ou cor, portanto a segurança do trânsito não seria prejudicada. É importante frisar que os estímulos luminosos da sinalização semafórica, nas cores verde, vermelha e amarela, devem estar nas vias públicas nas mesmas posições espaciais das convenções pré-estabelecidas, inclusive internacionalmente;
           Aos interessados, é importante que busquem informações nos Centro de Formações de condutores mais próximos.
            Bem, agora eu penso que os que possuem daltonismo, isto é, boa parte deles, poderão ver a vida com mais cores, mais colorida, pois poderão usufruir do direito de dirigir o veículo próprio, com mais autoestima e qualidade de vida.
  

domingo, 21 de abril de 2013

DIA DO POLICIAL E DIA DE TIRADENTES


MATÉRIA SOBRE UMA DAS HEROÍNAS DA BRIGADA MILITAR - DIA 21 DE ABRIL - DIA DO POLICIAL BRASILEIRO

Solicito que me informem a fonte. Grato!

domingo, 7 de abril de 2013

OS VERBOS DA POLÍCIA



Há décadas as polícias têm forte preocupação e investimentos para controles internos;
definidos como “políticas, procedimentos, atividades e mecanismos, desenvolvidos para
assegurar que os objetivos da organização sejam atingidos e que eventos indesejáveis sejam
prevenidos, detectados e corrigidos”. Dentre os eventos indesejáveis para os quais
concorremos – o central é a “intervenção policial com resultado morte”.
Para que a população conheça e participe cada vez mais das políticas públicas de
segurança fiz um decálogo de verbos que marcam a atividade policial:
1 - Preservar – se no texto constitucional ele aparece de forma privilegiada deve ser
um indicativo para o policial de que esta ação é constitutiva de nossa missão;
2 – Prevenir – sobretudo para a Polícia Militar é o marcador de nossa razão de ser;
3 – Socorrer – ao primeiro sinal de perigo ou emergência o número lembrado no
Brasil é o 190 (na Europa é o 112, na África 116, na Oceania 119, na América do Norte
911);
4 – Fiscalizar – muitos não se dão conta que o ato de fiscalizar traz embutido os
verbos orientar e ensinar;
5 – Proteger – a simples presença do policial já traz tranquilidade e uma sensação de
segurança nas imediações;
6 – Defender – aqui o verbo refere-se a vida, a dignidade humana, as leis, a ordem e ao
interesse público;
7 – Policiar – da polissemia deste verbo destaco a dimensão de vigiar, cuidar e zelar;
8 – Investigar – lembro que o mesmo verbo vale para o pesquisador, resta saber se o
policial de fato tem recebido o mesmo prestígio de seu assemelhado universitário;
9 – Prever – é nosso dever antecipadamente ver problemas e perigos sociais e
trabalhar com prognósticos; e
10 – Comandar – várias atividades e ações são levadas a efeito pela PM com
parceiras, convênios, representatividade junto aos Conseg e outras formas de “mandar com”.
Pensei aqui a vontade geral, ou seja, aquela que pode dirigir as forças do Estado de
acordo com a finalidade de sua criação original que é o bem comum.


Ronilson de Souza Luiz
Capitão da PMSP, mestre e doutor em educação
profronilson@gmail.com